As transformações sociais pelas quais passamos nas últimas décadas também desencadearam mudanças nas relações de trabalho. O conceito de competência foi ampliado e hoje ser competente não significa apenas demonstrar o conhecimento técnico exigido pela profissão, mas também ter autonomia para solucionar problemas e disposição para participar ativamente no ambiente de trabalho, tomando decisões e assumindo responsabilidades com base no trabalho em equipe.
A pergunta-se que se faz é: “Como adquirir todas essas competências de caráter técnico, pessoal, social e participativo?”. Nosso objetivo aqui é repassar algumas técnicas, estimular o desenvolvimento das capacidades sócio-comunicativas dos futuros, uma vez que aprender a se comunicar e a viver em grupo também implica novas responsabilidades sociais.
I - ENTENDENDO O TRABALHO EM EQUIPE
É muito comum ouvirmos que no diálogo reside o segredo do trabalho em equipe. Do diálogo emergem idéias e emoções; através dele as pessoas se aproximam e se consegue chegar a soluções e entendimentos. Se quisermos a cooperação de uma pessoa, precisamos cativá-la de forma a despertar sua confiança. E só conseguimos isso por meio do diálogo, da conversa.
É importante ressaltar que os interlocutores podem ter ( e quase sempre têm) formas diferentes de entendimento. E é nesse ponto que uma “negociação” se faz necessária.
O resultado do trabalho em equipe depende da capacidade de negociação e de argumentação das pessoas envolvidas.
II - COMO TRABALHAR EM EQUIPE
Discutir exclusivamente ideias: Um bom profissional busca idéias e discute idéias; evita questões pessoais no trabalho em equipe e considera apenas propostas concretas.
Buscar um diálogo competente: os argumentos devem sempre ser apresentados de maneira clara, para que possam ser entendidos e discutidos pelas partes.
Não temer o conflito: o bom líder ou membro de equipe deve saber lidar com os conflitos e administrá-los com firmeza e habilidade. Os conflitos acabam sempre acontecendo e isso é saudável, desde que se saiba tirar deles melhor proveito para o sucesso da negociação. Conflitos não significam desavenças, mas diferentes pontos de vista.
Saber ceder: fazer concessões em nome do grupo é uma atitude natural dos que trabalham em equipe. Desse modo, consegue também aceitação e aprovação de todo o grupo.
Discordar construtivamente: Críticas são sempre construtivas quando feitas com critério. Criticar é saudável, mas há pessoas que concordam com tudo só para não terem o trabalho de analisar o assunto; há outras que não desejam se expor nem se comprometer.
Construir ideias: uma ideia pode ser ampliada ou modificada através de discussões e acordos e, assim, resultar numa ação conjunta.
III - FASES DO TRABALHO EM EQUIPE
Abordagem: o profissional deve saber como encaminhar qualquer questão no ambiente de trabalho, seja para sugerir mudanças, seja para criticar ou elogiar os serviços ou os colegas. O profissional precisa aprender a apresentar suas idéias no momento certo, de maneira a estabelecer relações pessoas construtivas.
Conversa: Tendo conhecimento profundo da situação e dos objetivos que pretende alcançar numa conversa (numa reunião, num momento de decisão, na hora de resolver um problema), o membro da equipe deve apresentar uma argumentação que justifique suas opiniões, idéias e sugestões. È preciso fugir da tentação de falar demais se não tem o que dizer, tampouco deve deixar de falar por receio de se expor ou de não agradar.
Superação de objeções: nesta fase do trabalho em equipe, ocorre a avaliação das sugestões e propostas apresentadas. Os parceiros de trabalho contrapõem argumentos e posteriormente avaliam as sugestões e as propostas apresentadas.
Acordo: ultrapassada a fase dos debates entre os membros de uma equipe e a apresentação do ponto de vista de cada um, o profissional precisa ter o espírito de corporação e procurar chegar a um consenso com os colegas. Lembramos que consenso não implica, necessariamente, unanimidade; ele leva em conta as posições de todas as partes interessadas na conciliação das opiniões conflitantes.
Re-abordagem: abrir possibilidades para um assunto ser reabordado pela equipe de trabalho é acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo, a um consenso. A Reabordagem confirma que o trabalho em equipe eficaz é o resultado do cultivo permanente da idéia do “nós”. Ela pressupõe a possibilidade de rever posições ou decisões tomadas, a partir do momento que um fato novo ou numa reflexão mais profunda aponte para uma solução melhor.
IV - O LIDER E A RELAÇÃO DE PODER NA EQUIPE
Podemos dizer que, em toda organização, há pelo menos dois tipos de poder: O Poder Institucional e o Poder da Influência.
No poder institucional o subordinado obedece por obrigação, mesmo sem reconhecer a autoridade de quem lhe comanda.
Já o poder de influência não depende do exercício de cargos formais. Ao contrário, é o poder concedido pelos influenciados e envolve admiração, aceitação e prestígio pelo reconhecimento da competência. Quando por exemplo, fazemos o que um médico manda, estamos concordando com seu poder de influência. Esse tipo de poder tem por base a seguinte crença: Quem influencia tem alguma competência relevante ou um conhecimento especial que o influenciado não possui.
A questão do diálogo sempre é levantada quando se fala em trabalho em equipe, mas aplicar na prática exige paciência e força de vontade.
ResponderExcluirA crença da organização deve difundir essa necessidade junto aos colaboradores de forma harmônica, sem pressões, para que seja naturalmente absorvido em suas rotinas. Após isso, implantar dinâmicas e estabelecer procedimentos que estimulem a comunicação.
As empresas devem implantar sistemas de motivação e valorização para que as equipes possam se desenvolver na questão de conversas de integração pessoal pessoas motivadas é pessoa pronta para qualquer atividade ou seja o trbalho em equipe que requer muita afinidade e compreensão.
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